Celebre o privilégio do tempo.

Evidenciando uma amizade de longa data, com a belíssima vista da Ponte Dom Luís ao fundo, Dionísio e Cronos conversavam sobre o vinho e o tempo e sua mais hedonista criação: o Porto Vintage.

Se não estive tão envolvido com a atmosfera parisiense do pós-guerra e seus encontros e desencontros impecavelmente narrados em “The sun also rises”, certamente o talento para escrever e também para beber de Ernest Hemingway nos teria dado o imenso prazer de conhecer mais a fundo os deliciosos detalhes desse encontro.

Bem, que esse momento aconteceu, não restam dúvidas. Sobram evidências…

Felizmente, podemos contemplar essas evidências em momentos únicos da nossa existência. Seja bem acompanhado de planos e horizontes, com quem amamos ou celebrando a vida em uma ocasião muito especial.

Um Vinho do Porto Vintage nasce de um ano excepcional no Douro. Geralmente, a cada duas ou três safras em um década. E sua qualificação não ocorre por acaso, mas cerca de dois anos após a colheita.

Os vinhos então são analisados pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) e a safra contemplada por unanimidade (ou entre a grande maioria) pelas casas produtoras com a “Declaração Geral” de Vintage.

Nos últimos 100 anos, selecionamos preciosas evidências do sublime encontro entre os deuses gregos do vinho e do tempo. E, claro, entre elas, preciosas obras de arte que tornam nossa existência ainda mais especial. 

#Top 5 

1927

Faz tempo, não? Depende. Para o Vinho do Porto, o tempo é relativo e na maioria dos casos um precioso aliado.

Com soberba concentração e elegância, a safra 1927 é uma exceção e até hoje considerada a melhor de todas, com 100 Pontos pela Wine Spectator.

2017

Noventa anos depois, a safra 2017 tem provocado infinitos questionamentos quanto à possível comparação com a de 1927. A começar por ser declarado Vintage logo após 2016 e por unanimidade, algo raríssimo para safras consecutivas.

Se no ano anterior a impressão digital entrega elegância e finesse, em 2017 suas marcas são estrutura e intensidade. Para o crítico Neal Martin, da Vinous, “os 2017 são mais hedonistas do que seus homólogos de 2016 e, no entanto, o aspecto surpreendente destes Portos é o seu frescor”.

Roger Voss, da Wine Enthusiast, analisa que “os Portos 2017 têm estrutura, profundidade e a concentração certa que lhes permitirá envelhecer por décadas. Enquanto os taninos são ricos e muito à frente, a fruta preta tem densidade e maturação à altura desta estrutura”.

Os produtores refletem o entusiasmo. Diretor geral da Quinta do Noval, Christian Seely afirma que a Vintage 2017 é a “melhor que já vi”. O presidente da Symington, Johnny Symington, enfatiza “a imensa qualidade” do ano.

Atributos que constituem os mais exigentes requisitos de um sublime Porto Vintage, com 5/5 Pontos pela Decanter e 98 Pontos por Wine Spectator, que destacou “uma declaração geral rara, consecutiva, graças a uma estação muito quente e muito seca, levando a vinhos intensamente concentrados”.

Taylor’s Porto Vintage 2017

Reserve um lugar muito especial na sua adega para o Taylor’s Porto Vintage 2017, uma excepcional expressão desta safra única. Uma tentadora promessa de prazeres que ainda estão por vir e que deve durar uma eternidade. Impecável com excelente companhia, arte e amplos horizontes.

 

Proveniente de vinhas velhas com cerca de 60 anos, o Quinta do Crasto Porto Vintage 2017 entrega incrível complexidade e estrutura, combinando taninos volumosos e maravilhoso frescor. Primoroso!

 

 


2011

Um Vintage excepcional e unânime no Douro, marcada pelo inverno mais frio e chuvoso dos últimos 30 anos, com uma primavera seca e quente, com picos de temperatura acima da média. Esse contexto proporcionou Vinhos do Porto com uma exuberante estrutura, intensidade e longevidade.

Se comparados às duas últimas vintages, são mais potentes do que os de 2007 e menos rústicos do que os de 2003.

Segundo a Decanter, “vinhos excepcionais com finesse e elegância que permanecerão por toda a vida”, com 5/5 Pontos. Reconhecida com 99 Pontos pela Wine Spectator, que a destacou como “uma safra de referência”.

1994

Para James Suckling, uma safra “monumental”, que concedeu nota máxima (100 Pontos) aos grandes vintages da Taylor’s e da Fonseca.

Se nas vintages anteriores, como 1992, 1991 e 1989 as casas não foram unânimes, isso não aconteceu com este ano, com uma produção 75% menor em relação à média, ocorreu uma declaração geral de Vintage.

Segundo a Decanter, marcou “o início da era moderna para o Porto Vintage, com vinhos marcantes, maduros e bem estruturados” que a destacou com 4,5/5 Pontos.

Um “Vintage clássico; estrutura superlativa, harmonia fabulosa”, foram as palavras da Wine Spectator, que deu conferiu a esta safra 99 Pontos.

Taylor’s Porto Vintage 1994

Há quem mereça a companhia das últimas garrafas do soberbo Taylor’s Porto Vintage 1994, o primeiro vinho a receber 100 Pontos de James Suckling. Explosivo, encorpado e memorável, seguirá evoluindo lindamente pelos próximos 50 anos. Um privilégio! 

1963

“Um Vintage apoteótico”, para Chantal Lecouty. Entre a maioria dos especialistas, uma safra badalada, que gerou Portos intensos, profundos e com grande capacidade de envelhecimento.

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Nota máxima pela Decanter, que o classificou como “um clássico do pós-guerra. Vinhos soberbos, maravilhosos para beber agora e muitos com uma longa vida pela frente”. Este vintage ainda mereceu 98 Pontos pela Wine Spectator.

#Wishlist

Taylor’s Porto Vintage 2016

2016

Excelente Vintage, um pouco ofuscada pelo sucesso da 2017, com vinhos estruturados, exuberantes em fruta e vivacidade.

A safra recebeu 96 Pontos pela Wine Spectator.

2007

Pureza, finesse e taninos polidos marcam 2007, uma vintage amplamente declarada. Embora longevos, também estão aptos para o consumo a médio prazo.

A safra recebeu 98 Pontos pela Wine Spectator.

2003

Uma safra “blockbuster”, com vinhos excepcionais, encorpados e com bom potencial de envelhecimento. Para a Wine Spectator, “com linda fruta madura e taninos ricos e poderosos”.

A safra recebeu 98 Pontos pela Wine Spectator.

2000

Pontuação máxima pela Decanter, 2000 foi uma Vintage unânime, modesta em volume e que produziu vinhos de excelente qualidade. Destaque para sua concentração de fruta madura e disponibilidade no médio prazo.

A safra recebeu 97 Pontos pela Wine Spectator.

1985

As condições climáticas para a safra 1985 foram perfeitas, criando vinhos intensos em fruta e taninos, com uma estrutura firme e qualidade excepcional.

1977

Uma safra clássica, com vinhos exuberantes em cor, presença de fruta e excelente capacidade de guarda.

Taylor’s Porto Vintage 1970

1970

Vinhos maduros, harmônicos e muito longevos, 1970 entrega Portos de excepcional qualidade e que seguirão evoluindo para além de 2030. Safra com pontuação máxima pela Decanter.

1966

Exuberantes em taninos, combinam potência e elegância. Os melhores desta pequena produção se equiparam com os da 1963. Sem pressa, durarão a vida toda. 

1948

45 graus na vindima, um ano quente e de pouca quantidade. Para Suckling, um Vintage daqueles “vinhos mágicos”, feitos para durar cem anos ou mais. Para a Wine Spectator, um Vintage “maciço, super maduro e poderoso”.

A safra recebeu 99 Pontos pela Wine Spectator.

1945 

Primeiro Vintage do pós-Guerra, uma safra de volume contido mas com vinhos encorpados e muito concentrados de fruta madura e taninos.

A safra recebeu 98 Pontos pela Wine Spectator.

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Dicas importantes aos exigentes apreciadores do Vinho do Porto

Uma dúvida recorrente, por quanto tempo deve-se consumir o vinho após abrir a garrafa?

Vintage 1 a 2 dias
LBV (Late Bottled Vintage) 4 a 5 dias
Crusted 4 a 5 dias
Ruby / Ruby Reserva 8 a 10 dias
Tawny / Tawny Reserva 3 a 4 semanas
Tawny (10/20/30/40 anos) 1 a 4 meses (os mais novos menos tempo, os mais velhos mais tempo)
Brancos (10/20/30/40 anos) 1 a 4 meses (os mais novos menos tempo, os mais velhos mais tempo)
Colheita 1 a 4 meses (os mais novos menos tempo, os mais velhos mais tempo)

Confira a nossa seleção de emblemáticos Vinhos do Porto:

Quinta dos Murças Porto Vintage 2015

Intenso em aromas e sabores, com notas de fruta preta madura, como amora e cassis, e sedutores toques balsâmicos, apresenta taninos envolventes e uma acidez brilhante.

Um achado entre os Vinhos do Porto desta categoria. Conheça!

 

Um das mais tradicionais e conceituadas casas de Vinho do Porto, a Taylor’s lançou uma edição limitada de Porto Colheita com 50 anos de idade. Descubra:

Taylor’s Fladgate Very Old Single Harvest Portos


Taylor’s Fladgate Very Old Single Harvest Port 1970

Uma explosão de sabores de especiarias, este icônico Porto com 51 anos de maturação é um verdadeiro ícone!

Um nariz opulento, intenso e hedonista de grãos de café recém-torrados, chocolate, especiarias asiáticas, cravo, cânfora e fumaça de madeira.
Em boca, é espesso, com textura suculenta e aveludada.

Incrivelmente rico com muitas passas e nozes e um calor inebriante. O final também permanece no paladar por muito tempo com uma perfeição duradoura. Realmente impressionante!

 

Taylor’s Fladgate Very Old Single Harvest Port 1968

Um histórico e excepcional Porto Extra Old diretamente do eletrizante ano de 1968, descrito como “glorioso” por Jancis Robinson!

Tem nariz opulento, intenso e poderoso, com intensas notas de passas e toffee, que se misturam com deliciosa baunilha, aromas de noz, maçapão e notas picantes de pimenta preta.

O paladar é equilibrado, concentrado e cheio de sabores que lembram nozes e caramelo. Sustentando a textura densa e suave está uma acidez muito bem integrada que proporciona uma atraente vivacidade que persiste num fim de boca muito longo.

 

Taylor’s Fladgate Very Old Single Harvest Port 1964

Este Porto Colheita 1964, apresenta um caráter excepcional.

Com elegantes aromas amadeirados e complexas especiarias, nozes e notas de caixa de charutos num fundo aveludado de caramelo e melaço.

O paladar aveludado é evidenciado por uma viva acidez que dá ao vinho uma atrativa frescura apesar da sua idade.

O final é muitíssimo longo, com sabores ricos de pimenta preta e especiarias, persistentes do palato.

Celebre o tempo e a vida.

Permita-se.
Rafael Campoy
Equipe Sonoma Market

Blog Sonoma Market

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