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Vinhos importados e nacionais: a questão da salvaguarda

Vinhos importados e nacionais

E se só tivéssemos os vinhos nacionais? Já pensou nisso? Entenda o que é a salvaguarda e saiba o que pode acontecer.Enquanto o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior não decidem a respeito do pedido das entidades do setor vinícola brasileiro de impor uma salvaguarda aos vinhos estrangeiros, fica a pergunta: e se só tivéssemos os vinhos nacionais?

No começo do ano, entidades do setor vinícola brasileiro, como a Ibravin – Instituto Brasileiro do Vinho – e associações de produtores vinícolas, principalmente da região sul, entraram no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com um pedido de salvaguarda aos vinhos importados. Na prática, essa é uma medida protecionista, aprovada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que pode impor aumento de impostos, controle de importação ou simplesmente um bloqueio aos vinhos importados.

Em termos de produção vinícola, o Brasil ainda está começando. Enquanto a Europa tem séculos de tradição, desenvolvimento e melhoria das técnicas, além de investimentos em todas as etapas do processo, ainda estamos “nos entendendo” com nossos ‘terroirs’. A região sul, principalmente a Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos, já produz excelentes espumantes, que concorrem lado a lado com muitos rótulos estrangeiros, mas temos muito que melhorar.

“O vinho nacional vem melhorando ao longo do tempo, com novas técnicas de plantio e tecnologia à disposição, mas enquanto isso, o importado tem séculos de tradição e localização geográfica diferente. O Brasil já é um dos principais produtores do mundo e pode crescer muito com os vinhos espumantes, que temos a vantagem natural do clima, solo e tecnologia”, opina Marcos Soffiato, sócio de algumas unidades do Ville Du Vin, em São Paulo.

O chef e proprietário do restaurante Tendai, Julio Shimizu, acredita que, no caso de uma salvaguarda rígida, que controle a entrada de todos os rótulos importados, não teremos alternativas apenas com os vinhos nacionais. “Ainda não conseguimos produzir todos os tipos de uva. Temos bons Cabernet Sauvignon, mas ainda são poucos os rótulos. E não vive só de Cabernet, temos a necessidade constante de experimentar novos sabores e aromas”, brinca.

Por meio de acordos comerciais ou benefícios de blocos econômicos, como o MERCOSUL, atualmente África do Sul e Israel, além da Argentina e do Uruguai pagam menos impostos para que seus vinhos chegem ao Brasil. Dentre os países que seriam mais afetados com a adoção de cotas mínimas ou aumento nas taxas estão Portugal, França, Itália e Chile. Resta saber qual será a decisão do governo brasileiro.

Por Sonoma Brasil

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