Se você é apreciador de vinho ou, ainda mais, de tudo que envolve a bebida, provavelmente, já deve ter ouvido falar sobre os diferentes tipos de degustações. Hoje, você vai aprender mais sobre as chamadas “vertical e horizontal”. Vamos degustar?
Os nomes engraçados nada se parecem com o significado real das denominações. Para esses tipos de degustações não é necessário estar de pé ou deitado, curiosamente, os termos se referem às safras, produtores de vinhos e uvas.
A degustação vertical é quando é escolhido um mesmo vinho e produtor, porém, de diferentes safras, como é o caso de um vinho que lançamos hoje no Sonoma, o Mas La Plana Gran Reserva Cabernet Sauvignon, do produtor Miguel Torres, das safras 1996, 1999 e 2005. Na vertical, não são necessários vinhos de anos consecutivos.
Nesse tipo de degustação, os apreciadores conseguem identificar as mudanças e evolução do rótulo ao longo dos anos. Nas análises, cada safra pode revelar características específicas na uva e no processo de vinificação que podem, sem dúvida, garantir o sucesso do resultado final.
Já a degustação horizontal inclui vinhos de diferentes produtores do mesmo tipo e ano, como por exemplo, um Riesling da Alsácia de determinado ano, porém de produtores diferentes. O ideal é que os vinhos tenham características parecidas, principalmente, a uva. O interessante é analisar como os enólogos trabalham de maneira diferente a mesma uva de uma determinada região.
De acordo com a Jô Barros, sommelière do Sonoma (votada a melhor sommeliére do Brasil em 2011, temos orgulho de dizer), confrades e suas confrarias gostam bastante de apreciar verticais e horizontais e também, é claro, os grandes colecionadores de vinhos. Porém, no Brasil, esta prática não é tão comum devido o alto investimento. “Geralmente chega a ser muito caro e requer tempo e muito investimento, mas acontecem, sim. Nos restaurantes em que trabalhei, de vez em quando, apareciam clientes. Essa prática é muito comum nas cartas de vinhos da Europa”, diz.
Faça em casa!
Engana-se quem pensa que essas degustações só podem ser feitas por profissionais. Você também pode fazer na sua casa com os seus amigos. “Qualquer pessoa pode fazer, mas é necessário ter muita paciência para abrir os vinhos em seu melhor momento e, também, dinheiro, já que ninguém faz essas degustações de vinhos baratos. Para quem gosta de leilão, também é uma ótima oportunidade de encontrar verticais e horizontais ou, ainda, vasculhando os estoques das importadoras e lojas especializadas”, aconselha a sommelière.
Se estiver meio sem grana ou com vontade de gastar menos no início, começar com a degustação horizontal é mais fácil. Escolha a sua uva favorita, seja ela Malbec, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc ou qualquer outra, ou ainda, surpreenda-se com uma uva desconhecida.
Geralmente nas lojas de vinhos e supermercados grandes é possível encontrar pelo menos três produtores diferentes da mesma safra e uva.
Outros tipos de degustações
Já para os mais curiosos, existem outros tipos de degustações onde é possível escolher a uva, região e produtor. Caso a confraria esteja começando é sempre bom pedir ajuda a um sommelier ou um bom consultor de vinho confiável, é claro. “Blogs, revistas e jornais especializados também podem ser uma boa fonte de pesquisa. O bacana disso tudo é que a confraria sempre vai provar vinhos mais bacanas, pois poderão compartilhar os custos dos vinhos. O bom também é que cada confrade ou participante pesquise um pouco sobre o tema para não chegar literalmente boiando”, finaliza.
E você, já participou de alguma dessas degustações? Como foi a experiência?
Por Andressa D’Amatto
Os melhores vinhos você encontra na Sonoma.