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Brancos Do Verão Que Você Precisa Conhecer: #1 Riesling

Por que Riesling é a uva favorita dos sommeliers?

Quando falamos de Riesling, existem dois pilares que sustentam a identidade única da variedade mais emblemática da Alemanha: sua acidez acentuada e o seu caráter mineral – características essas que combinam perfeitamente bem com verão e fazem com que, ao lado da versatilidade de estilo, seja a uva queridinha dos sommeliers.

1) Acidez acentuada

Não é à toa que a Riesling é a variedade favorita de muitos sommeliers.

Para começar, a acidez acentuada é uma característica natural da cepa. E o objetivo de muitos produtores é, justamente, preservar essa característica que empresta frescor à taça, que deixa a boca salivando por mais um gole (ou por mais uma garfada de joelho de porco!) e que torna a cepa curinga de harmonizações.

Justamente por isso é muito difícil encontrar Rieslings que tenham estagiado em carvalho, ou seja, frescor é uma palavra frequentemente usada para descrever os vinhos da variedade.

2) Caráter petroláceo e mineral

É verdade que caráter mineral e frescor estão diretamente relacionados, mas a Riesling tem um toque especial que dá ainda mais personalidade à variedade: notas petroláceas e minerais.

Pode ser que já tenha visto esse descritivo em uma roda de aromas, mas nunca tenha sentido isso num vinho. São notas de plástico, resina, borracha queimada…

Muito natural da variedade, é certamente sua marca registrada – se sentir alguns desses aromas em uma degustação às cegas, pode arriscar com quase 100% de certeza que tem um Riesling à taça.

3) Versatilidade de estilo

Quase todo Riesling terá caráter petroláceo e mineral, além de acidez acentuada – essas são características genéticas da uva independentemente do estilo de vinho.

Além dos mais populares varietais secos, é possível encontrar Rieslings meio secos, de colheita tardia, botritizados (afetados pelo fungo botrytis cinerea ou podridão nobre), por aí vai…

Isso sem falar nas diferenças regionais: um Riesling “trocken” (seco, de acordo com o sistema de classificação dos vinhos alemães) de Mosel terá características únicas do terroir que o diferenciam de um Riesling de Rheingau ou da Alsácia.

Sistema de classificação dos Rieslings alemães e os seus diferentes estilos

Já ouviu falar no sistema de classificação dos espumantes por nível de doçura (Nature, Extra Brut, Brut, Demi-Sec, Doux…)?

O sistema de classificação dos vinhos alemães é praticamente igual – é fundamental que você saiba esses termos (ou tenho acesso a eles) na hora de escolher um Riesling para agradar o seu paladar.

São os vinhos produzidos dentro de 13 regiões demarcadas (chamadas de “anbaugebieten”) com período mínimo de maturação da uva determinado por lei. Nessa classificação, é medido o nível de açúcar residual do vinho.

  • Trocken: Traduzido ao pé da letra, o termo significa seco. Quando estampado em um rótulo de Riesling, indica que o vinho tem menos de 9 gramas por litro de açúcar residual.
  • Halbtrocken: O termo, que significa meio seco, diz respeito aos vinhos produzidos num dos 13 distritos demarcados com pelo menos 10 gramas de açúcar residual por litro (chegando até a 15 g/L). São vinhos ligeiramente doces.
  • Liebliche: Vinho doce com até 45 gramas de açúcar residual por litro.
  • Süss: Vinho doce com mais de 45 gramas de açúcar residual por litro.

No sistema de classificação de Pradikatswein, estamos falando exclusivamente de vinhos doces.

Há uma diferença entre a classificação de nível de doçura em espumantes ou em Qualitätswein, em que se mede a quantidade de açúcar residual no vinho em gramas por litro, para a classificação de Pradikatswein: aqui, é a quantidade de açúcar na uva que importa.

Ou seja, quanto mais doce a uva, maior é o seu potencial alcoólico.

  • Kabinett: É comum encontrar Kabinetts secos ou meio secos, pois se trata do primeiro nível de classificação de Pradikatswein. As uvas devem conter de 148 a 188 g/L de açúcar.
  • Spätlese : Em tradução do alemão, Spätlese quer dizer colheita tardia. Normalmente são vinhos meio secos, mas eles podem ou não ser considerados vinhos doces. Uma coisa é certa: são vinhos mais concentrados e encorpados e, quando doces, não chegam a ter o mesmo nível de doçura de vinhos de colheita tardia de outras regiões. A quantidade de açúcar na uva varia de 172 para 209 g/L.
  • Auselese: Com ainda mais açúcar do que os Spätlese, aqui as uvas são colhidas entre 191 e 260 g/L de açúcar. O nome significa colheita selecionada em alemão fazendo referência à botrytis cinerea (as uvas precisam nessa classificação ser afetadas pelo menos parcialmente pela podridão nobre), por isso os Rieslings começam a ganhar cor dourada aqui. Podem ou não ser doces. Se rotulados como Trocken, serão mais alcoólicos e encorpados.
  • Beerenauslese: As uvas precisam ser afetadas totalmente pela podridão nobre. Estamos falando de uvas com mais de 260 g/L de açúcar, que darão origem exclusivamente a vinhos licorosos.
  • Trockenbeerenauslese: A diferença do Beerenauslese para o Trockenbeerenauslese é que, nesse, as uvas precisam ser afetadas pela podridão nobre e colhidas apenas quando estão praticamente ressecadas. É extremamente raro.
  • Eiswein: O nome quer dizer vinho de gelo – e é praticamente isso mesmo. Para se obter esse estilo de vinho, as uvas precisam ser colhidas em noites muito frias, quando estão congeladas. Elas são prensadas ainda congeladas, de modo que o gelo (parte significativa da água da polpa) se separe do mosto, fazendo com que o açúcar fique muito mais concentrado – também acima de 260 g/L.

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