O sul da França visto com outros olhos e sem “torcer o nariz”, afinal, o Languedoc é uma região que todo amante de vinhos deveria conhecer.

Se é a terra do sim, como dizer não às suas delícias?

Algum dia, no sul da França, foi descoberto o Languedoc. Como visitar as páginas de um livro, a paisagem e o cotidiano de senhoras conversando na calçada e na padaria, os vinhedos tranquilos e o sol de fim de tarde dão a impressão de que ali o tempo parou em 1950.
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Ah, a título de curiosidade, o lugar ficou assim conhecido pela maneira como os povos que ali habitavam diziam “sim”. Os povos do norte diziam “oïl”, enquanto os povos do sul diziam “oc”. “Langue” é língua… Deste modo, o norte ficou conhecido como “Langue d’oïl”, e o sul, como “Langue d’oc”.

Só para tirar a dúvida

Lá no século 5 a.C, gregos descobriram o potencial das terras de Languedoc para o cultivo das vinhas. Por lá ficaram e plantaram durante longos anos (séculos, eu diria). Somente no século 17 d.C os gregos adquiriram as terras de Roussillon e em 1980 elas foram unidas e, consequentemente, o potencial vinícola foi expandido.

As denominações e territórios

Coteaux du Languedoc ou somente Languedoc. Você pode se deparar com os dois rótulos, mas ambos referem-se ao mesmo lugar. Coteaux significa Colinas, então podemos dizer “Coteaux du Languedoc” que é somente um modo mais saudosista dos franceses de informar a região do vinho.

E como são os vinhos da “língua do sim”?

Brisas do mediterrâneo, altas amplitudes, versatilidade e fertilidade do solo somado a sol o ano todo, traz aos vinhos tintos notas frutadas, além de deixá-los mais encorpados. Já os brancos, variam entre leves e secos, além dos doces que, facilmente, conquistam muitos paladares. Espumantes notoriamente reconhecidos e rosés perfumados também são encontrados no Languedoc.

Tintos

Como os tintos imperam na região, os de origem da Mourvèdre e Carignan são escuros, tânicos e com notas de condimentos. Já os de Grenache e Cinsaut são frutados e fáceis de beber.

Espumantes

Dos espumantes da região, destaca-se o Crémant de Limoux produzido pelo método tradicional, que foi descoberto pela distração de um monge encarregado de observar as caves de vinho branco. Em 1531 a primeira bolha foi vista em um vinho branco e hoje podemos apreciar essas “bolhas de felicidade” por um custo-benefício indiscutível.

Uma barganha

Por falar nisso, os vinhos do Languedoc ficaram conhecidos no mercado por seus preços mais acessíveis e carregarem na garrafa todo o charme e encanto da França e seus franceses com a arte da vinicultura correndo pelas veias.

Como nem tudo é sempre flores (nem na França), o país passou por um rigoroso inverno em 1709, que prejudicou muitas vinhas. Os produtores que conseguiram aproveitar a falta do vinho, se beneficiaram do desenvolvimento da ferroviária e enviaram vinhos para os mineradores do norte da França (aquele lugar que dissemos que é conhecido como Langue d’oïl, lembra?). Este foi um período de grande prosperidade para o vinhedo de Languedoc.

Mas afinal, por que isso é importante?

Porque se você ainda não conhece as maravilhas desta região, está perdendo tempo. Em crescente transformação e produção de vinhos de qualidade e personalidade, o Languedoc é uma aposta francesa para quem procura custo-benefício.

Por Carol Oliveira

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Blog Sonoma Market

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