Por que oásis? Porque além de uma linda riqueza natural e histórica (repleta de tesouros paleontológicos), o lugar nada mais é do que um deserto cercado por rios – terreno este que dá um toque raro a seus vinhos.
Uvas “estrangeiras”, vinhos “fortes”, vinhas velhas
O clima quente e seco dos desertos amadurece as uvas mais rapidamente, secando seu líquido e deixando mais açúcar na fruta, o que resulta em vinhos mais alcoólicos. A presença dos rios San Juan e Jahal, por sua vez, irriga os solos e permite que mesmo as videiras poucos acostumados à areia se desenvolvam por lá.
Além disso, é tudo tão propício que as videiras aguentam mais anos do que o normal. Não raro, as vinícolas da região contam com vinhas velhas (como se sabe, seus vinhos costumam ser mais complexos e interessantes).
Uvas pouco encontradas na Argentinas, vinhos “fortes” de uvas mais suaves (como Merlot, no caso das poucas tintas, e Torrontés, representando a maioria branca) e alguns dos mais complexos rótulos – eis a especialidade de San Juan.
Uvas brancas, uvas tintas
Os destaques de San Juan são os vinhos brancos frutas, aromáticos, alguns doces – produzidos principalmente com Torrontés, Chenin Blanc e até a espanhola Pedro Ximénez. A Syrah também é uma cepa bem emblemática da região, ainda mais por ser uma uva tão pouco encontrada na Argentina.
Outras uvas que se adaptaram muito bem foram a Chardonnay, a Sauvignon Blanc, a Merlot e a Tempranillo.
Os terroirs mais altos
San Juan possui mais de 46 mil videiras com até 1.400 metros acima do mar (é das alturas que saem as melhores uvas). Os terroirs mais importantes são Rivadavia, Albardón, Angaco, San Martín, Nove de Julio, Caucete, Santa Rosa e Pocitos.
Enfim, variedade é o que não falta!
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