Vinificação – Parece Fácil Mas Não É
Quem sempre imaginou que fazer vinho era uma coisa simples, se enganou redondamente. A vinificação, na realidade, vai bem mais além do que apenas tirar o sumo de uvas amassadas.
É um processo que varia para o tinto e para o branco, com diferenças em algumas etapas.
Além disso, é a vinificação que determinará se o vinho será seco, meio-seco, meio-doce ou doce.
É sempre bom lembrar que a vinificação pode sofrer variações de acordo com a região, já que a produção pode seguir padrões tradicionais distintos, de acordo com o país de origem ou com o próprio produtor.
De um modo geral, no entanto, os passos tendem a ser bem parecidos.
A grosso modo, a vinificação começa com a colheita das uvas, que devem ser rapidamente levadas ao cuvier, para que não se alterem, e culmina na fermentação, um fenômeno natural que transforma o açúcar em álcool, sob a ação das leveduras.
Ao mesmo tempo, ocorrem também outras reações químicas, como a dissolução dos taninos e a baixa da acidez. Ao término, o mosto de uva já estará completamente transformado em vinho.
Na vinificação dos tintos, cascas e suco ficam juntos para que seja dada a cor, o aroma e o sabor à bebida. Essa é a fase da maturação, quando os taninos também são extraídos.
A fermentação, então, só é finalizada quando o açúcar do mosto acaba, quando a temperatura atinge 33ºC ou quando o teor alcoólico chega a 16%, já que acima disso as leveduras não produzem mais a fermentação.
Já na vinificação dos brancos, a fermentação ocorre sem cascas nem sementes, ou seja, não há a fase da maturação. O mosto é obtido através do prensamento rápido dos bagos, e logo é sulfitado e filtrado.
Na fermentação, por sua vez, a temperatura é controlada através de serpentinas de água fria, devendo ficar entre 18 e 20ºC, para a melhor qualidade da bebida.
No caso dos tintos, após a fermentação, as partes sólidas são separadas e encaminhadas para a prensa, onde será produzida uma bebida de qualidade inferior, usada também na produção de bagaceiras e brandies.
A bebida de qualidade superior sofre uma segunda fermentação, chamada malolática, quando o ácido málico presente no líquido se transforma em ácido lático.
A partir daí, a bebida de guarda vai para envelhecimento nas barricas de carvalho, e os de consumo rápido são filtrados e engarrafados.
Já com os vinhos brancos, depois da fermentação, apenas alguns vão para o envelhecimento em barricas de carvalho, como os Chadornnays.
Por Sonoma Brasil