Será Verdade ou Mito?
O vinho é a bebida fermentada com maior capacidade de envelhecimento, e alguns vinhos chegam a durar por décadas a fio sem estragar, mas a maioria possui uma durabilidade de até 6 – 7 anos (4 – 5 anos para os brancos mais simples). Os vinhos que duram muitos anos são aqueles que possuem alto grau de acidez, taninos ou álcool, e que, quando jovens, são muito adstringentes, sendo necessário que evolua lentamente na garrafa até atingir seu ponto ideal.
Na verdade o fundo serve de suporte e encaixe entre o gargalo e a garrafa seguinte, quando armazenadas no deposito da adega. As garrafas deitadas ocupam pouco espaço, mas precisam estar bem encaixadas para que a pilha não desabe. A análise do vinho deve ser feita no copo, nunca pela embalagem ou rótulo.
O vinho é uma bebida que não resiste muito ao calor e à luminosidade, e deve ser mantido em temperatura constante entre 14oC e 18oC, e sem luz direta sobre a garrafa. Claro que os vinhos de giro nas lojas não ficam expostos tempo suficiente para prejudicar a bebida, mas para vinhos que se pretende guardar, todo cuidado é pouco.
Vinho rosé é resultado da mistura de vinho tinto e de vinho branco. Mito
Durante a fermentação as cascas das uvas tintas transferem cor para o mosto, e nas primeiras 20-30 horas surge um tom cereja. Neste momento o enólogo retira as cascas e a fermentação continua, sem mais mudança da cor. Os vinhos rosés mais conhecidos são elaborado com uvas tintas como Malbec, Sangiovese, Grenache, Pinot Noir e Tempranillo.
Um ditado muito popular no Brasil diz que “vinho tinto deve ser bebido à temperatura ambiente”. Sim, é verdade, mas qual é essa temperatura ambiente? Todo vinho tinto deve ser servido entre 14C e 17C, sendo abaixo dos 14C muito frio e acima dos 17 C muito quente. O ideal é ponderar. Se o dia estiver muito quente resfrie um pouco o vinho, e for época de frio, sirva à temperatura ambiente.
A rolha de cortiça está associada ao vinho desde a popularização da garrafa, no final do século XIX, e desde então é o vedante preferido.
Mas no final do século XX, a demanda por rolhas cresceu muito, elevando seu preço e comprometendo a sua qualidade. Surgiu, nesta época, um movimento entre os enólogos em busca de alternativa eficiente e mais barata para vedar a garrafa. Algumas idéias foram colocadas em prática, entre elas a screw cap, ou tampa de rosca. Outra tentativa foi a rolha sintética, uma tampa de plástico que imita o formato da cortiça.
Ou seja, rolha de cortiça está muito cara, mas não está sendo substituída por estar em extinção.
O gás carbônico existente nos espumantes potencializa a absorção do álcool pelo estômago, então, quem bebe champagne ou espumante sente o álcool subir mais rápido que nos vinhos sem gás. Para cortar esse efeito, a única solução é comer algum tipo de proteína antes de começar a beber e consumir muita água.
Manuel Luz
Sommelier Sonoma
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