Desconfiada, eu ? Rs

Esperamos que se divirta com a história de Marina, que depois de seis meses de casada se sentiu insegura.

É uma quinta-feira ensolarada, queria estar curtindo uma praia, mas não é possível. Estou presa no escritório e, ainda, meu chefe pediu para escrever algo criativo…

Espero que se divirta com a história de Marina, que depois de seis meses de casada se sentiu insegura. Aposto que ela não foi a única mulher que passou por isto logo no começo do casamento…

Cheguei em casa após um dia cansativo e bem chato. Meu chefe reclamou o dia inteiro e pisei no cocô do meu cachorro antes de entrar em casa. Precisava de um vinho, chocolate, assistir à algum episódio do seriado “Sex in the City”, uma massagem…

Obviamente estava sonhando demais. Ele estava lá sentado na poltrona com os dois amigos inseparáveis: o controle remoto e a cerveja.

Em plena quarta-feira me deparo com essa cena típica de domingo. Por um segundo havia me esquecido que o Brasil era o país do futebol e, às quartas-feiras, tinha de abrir mão de grande parte da novela – e do marido – por causa da “pelada”. Mas, não vou reclamar.

O Alfredo é um bom marido… apesar de relaxado, barrigudinho e avoado. Infelizmente, também, não se liga em datas românticas, como a de aniversário de namoro ou do dia que nos conhecemos, mas sinceramente não me importo, antes esquecer essas datas do que se esquecer de ter amante, não é?

Assim que entrei na cozinha, a surpresa: o “fofo” quis me surpreender e realmente conseguiu. A pia estava lotada de louças e panelas sujas. Quem vai lavar toda essa m$%@* depois?

Porem, ele tinha preparado, cuidadosamente, um macarrão com trufas. O aroma estava divino, forte e persistente. Nem acreditei que ele, que nunca ligou para pratos requintados, faria algo tão fino e elegante.

Só faltava agora me surpreender com um vinho. Já imaginei a perfeita combinação com um delicioso Chianti ou Barbera… Mas, não. O Fredo esqueceu que não bebo cerveja e comprou uma famosa argentina que eu não suporto.

“Poxa, Fredo, você sabe que bebo apenas vinho…”, disse, entristecida. “Amor, fiquei tão concentrado na elaboração do jantar que acabei me esquecendo. Me perdoa?”, perguntou, se justificando.

Claro que perdoei, afinal, que homem casado costuma fazer surpresas assim do nada? Um homem com a consciência pesada, é claro! É óbvio que ele está me traindo, como não percebi isso antes?

Mil coisas passaram pela minha cabeça. Mulher quando acha que está sendo traída fica pior do que autor de novelas. A criatividade vem à tona.

Quem é ela?

Como se conheceram?

É mais nova?

Será que é a periguete da secretária?

Tantas coisas passaram em apenas um minuto que só o macarrão com trufas conseguiu me distrair.

Após o jantar, fomos para o quarto e, durante o curto trajeto, fui pensando em uma forma de descobrir mais sobre essa ariranha. Entre uma piscada e outra, eis que surge a solução: “Claro! Quando ele entrar no banho, fuço o celular dele”, pensei.

Liguei a TV e rezei para que ele entrasse logo no banho, mas ele se esparramou na cama de um jeito que não iria sair de lá tão cedo. Pensei em uma forma dele se tocar e entrar na ducha.

“Fredo, vamos continuar nossa noite… enquanto você toma banho, eu me preparo aqui”, murmurei, em um tom sensual. Foi tiro e queda, rapidinho correu para o chuveiro. Confesso que nessa hora me achei ridícula em desconfiar dele, se ele tivesse uma amante, obviamente, ele não iria tão rápido para a ducha.

Ou iria? Mulher é um bicho desconfiado mesmo.

Assim que peguei o celular, fiquei com a pulga ainda mais atrás da orelha. “Tem senha!”, falei, enfurecida. Mas, felizmente, nós mulheres sabemos que a criatividade de homem tem limite.

Após algumas tentativas, bingo, acertei. Era a data do seu próprio aniversário. “Boa, Alfredão, te peguei”, comentei, com um ar superior.

Logo que acessei as mensagens, me deparei com algumas de uma tal de Gabi. “Quem é essa?”, pensei demoradamente. Logo, ouvi que o Alfredo tinha desligado o chuveiro, não hesitei e o esperei com o celular na mão, já que o teor das mensagens era bem suspeito.

Em uma até dizia que o esperava para conversar; outra, que o “Fred” havia sumido e queria saber se estava bem. E a última e a pior: “desculpa não ter te atendido, estava pescando”. O que? Ele a procurava? Safado!

Assim que ele abriu a porta, pulei em cima dele com tanta fúria que o derrubei. “O que é isso, está louca? O que aconteceu?”, perguntou, assustado.

Como assim o que aconteceu? Como tem a cara de pau de perguntar? “Já descobri tudo. Já sei da Gabi. Há quanto tempo estão se vendo?”, questionei, furiosa.

“Gabi? Que Gabi, sua doida? Você estava espionando minhas mensagens?”, indagou.

“Claro, estava desconfiada de tanto romantismo. Só liguei os pontos”, gritei.

Na hora, ele começou a rir com certo nervosismo, que me deixou ainda com mais raiva. “Gabriel. Meu amigo do trabalho. Nunca te falei sobre ele, mas nos tornamos grande amigos e confidentes”, falou com riso meio envergonhado.

Na hora, fiquei encabulada e, obviamente, pedi desculpas. Ele, inclusive, ligou para o número e colocou no viva voz para eu ter certeza que se tratava de um homem.

Porém, sou mulher. E assim como qualquer outra teria desconfiado. E, como mulher nunca fica satisfeita e nem acredita no que ouve, fui dormir com uma pergunta na cabeça. “Será que ele é gay?”.

Por Andressa D’Amatto

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