Me Ame Ou Odeie

Quem nunca ouviu falar na Carménère, a mítica uva do Chile? Descubra o vinho que mais vende no Brasil!

Fico feliz por falar sobre a uva que atualmente mais agrada a maioria dos brasileiros em todos os níveis de consumo: a Carménère chilena. Na verdade, agrada a maioria das pessoas, pois o título é apropriadíssimo para esta uva: quem gosta ama, e quem não gosta, odeia!

Preferência nacional

Essa uva faz um dos vinhos mais vendidos no país quando se faz o ranking por uvas, já que o Chile é líder em exportações de vinho para o Brasil há quase uma década. Na prática, isso quer dizer que se você for presentear ou levar uma garrafa de Carménère para aquela refeição com pessoas que você não conhece bem, haverá grandes chances de ter feito a melhor escolha.

Também justifico a minha opinião sobre “preferência nacional” não só pelas pesquisas dos especialistas e rankings de importação, mas também pela minha vivência em restaurantes… Lembro-me da época do Bistrô D’Acâmpora, em “Floripa”, quando percebia que os Carménères desciam “redondo” e agradavam muito aos novos consumidores (incluindo os consumidores de vinhos de mesa suave).

Acredito que pelos sabores fortes, a variedade acompanha a potência das grandes preferências anteriores dos brasileiros: a Malbec e a Cabernet Sauvignon. A diferença é que a Carménère é um pouco mais docinha e, pelos taninos mais leves, “amarra” menos a boca, ou seja, é mais fácil de beber.

À mesa

A harmonização com Carménère não é tão fácil por causa de seu sabor bastante forte, acidez e taninos médios, além de tender para doçura. O prato deve ser de sabor igualmente forte, ter certa tendência ao amargo ou salgado e técnicas de cozimento e temperos que acompanhem os aromas do vinho – grelhados, estofados, assados, pratos com muitas especiarias e temperos como cravo, canela, pimenta-da-jamaica, páprica e outros.

A uva de todos os preços

Certa vez um enólogo chileno me falou que o Carménère é uma das uvas que você pode descobrir quanto custa só pelo aroma… Que “historinha”, pensei… Mas a história é real mesmo!

Acontece que essa casta não é de cultivo muito fácil e demora muito para amadurecer completamente. Muitas vinícolas, para terem maior rendimento, menos custos e vinhos mais baratos, acabam colhendo a uva antes do ponto. O resultado é que um dos sabores mais característicos da Carménère – o pimentão verde – fica ainda mais forte, o que é tecnicamente considerado um defeito…

Mas só tecnicamente, pois se você gosta desse sabor, esqueça dos técnicos, o que importa é achar o vinho gostoso! É assim que penso, amigos…

Escrita ao som de: Led Zeppelin, Uriah Heep, Rage Against The Machine e Dream Theater.

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