O bom e esperado descanso (e, com ele, as viagens!). Entre tantas atividades, cada região tem uma (ou mais) que se destaca… E é claro que os vinhos não ficam de fora nesses passeios!
Recesso, férias coletivas, férias nas escolas e universidades… Nem que sejam quatro “diazinhos” de folga, é hora de aproveitar da melhor maneira essa pausa que a vida nos dá.
E quem não gosta de viajar? Alguns buscam o calor do litoral, outros enfrentam o frio europeu, mas vamos falar deste que é o destino favorito dos brasileiros: nossos vizinhos sul-americanos.
Seja pela proximidade ou preços mais acessíveis, países como Argentina e Chile são alguns dos países mais cotados, principalmente nesta época de calor. Segundo dados da operadora de viagens CVC, Buenos Aires, capital argentina, é a cidade que mais atrai brasileiros. Depois vem Orlando, nos Estados Unidos, onde ficam os parques da Walt Disney World, e, logo em seguida, Santiago, do Chile, mais um representante latino. Só por curiosidade, outros que fazem parte dos cinco destinos favoritos são Madri (Espanha) e Paris (França).
Com o pé nas alturas
São várias as coisas que Argentina e Chile têm em comum. Além de falarem espanhol, ambos contam com o “abraço” da cordilheira dos Andes, paisagem que além de linda, serve de cenários para as melhores atividades turísticas da região (sem contar os ótimos vinhos ali produzidos).
A começar pelo montanhismo. Não precisa estar em busca de fortes emoções para se dar bem nos pampas argentinos ou nos vales chilenos. Tem opção para todos os níveis de aventureiros: desde as caminhadas pelos parques ecológicos, passando pelos passeios em cavalos e alpacas, até as escaladas pelos altos picos andinos.
Para quem não é praticante ou profissional, o melhor é recorrer aos guias locais que acompanham grupos de turistas e prestam todo o suporte necessário. Mesmo assim, é importante respeitar seus limites, sabendo que uma escalada pode ser longa e assustadora (ah, e não tem volta uma vez que iniciada!).
Seja nas subidas ou caminhadas, tenha sempre uma mochila com alguns itens imprescindíveis: garrafas de água, algum lanche rápido e prático (um pacote de bolachas, por exemplo), kit de primeiros socorros, blusa de frio (mesmo em pleno verão, quanto mais alto, mais vento) e, claro, a câmera fotográfica.
É fácil encontrar essas pequenas empresas, basta perguntar na recepção do hotel ou do albergue em que estiver hospedado. Em minha opinião, os albergues (hostels) são a opção mais barata e divertida, apesar de menos confortável. É lá que estão também os pacotes mais acessíveis e completos para quem busca se aventurar nas montanhas. Bons sites para encontrar quartos e guias são o www.hostels.org.ar e o www.hostelworld.com.
Para relaxar
Há quem prefira descansar e aproveitar tudo o que a natureza tem para oferecer. Sem problemas, os Andes reservam uma grata surpresa para quem precisa de uma pausa: as fontes termais naturais.
Graças ao solo vulcânico e às grandes depressões (principalmente nos vales do Chile), são vários os termas naturais que se formaram em meio aos desertos andinos. São como verdadeiros oásis cheios de tobogãs, correntes aquáticas e piscinas para deitar e curtir o momento. Esqueça de qualquer parque termal que você já tenha ido!
Como ficam afastados do centro da cidade e passam por estradas tortuosas (de nível avançado mesmo), o ideal é visitar esses parques em grupos. Existem empresas que oferecem pacotes com traslado, mas muitos hotéis incentivam a formar grupos e contratar um motorista que faça o trajeto (é uma opção bacana e barata).
Ah, vale lembrar que no inverno as termas não abrem. Nessa época, a procura é pelas estações de esqui. Mas isso é assunto para as férias de julho…
Direto da uva
Mas vamos a este que é, sem dúvidas, o “passeio” mais procurado pelos visitantes dos Andes: as “bodegas”.
Há um verdadeiro complexo enoturístico tanto na Argentina quanto no Chile. No caso argentino, Mendoza é a cidade que abriga as melhores e mais famosas vinícolas do país, graças à enorme variação climática e às grandes altitudes da região, tão favoráveis para o cultivo das uvas.
É lá que estão as plantações da uva que já virou símbolo nacional – a Malbec. E, diga-se de passagem, como nossos “hermanos” se orgulham ao dizer que essa cepa francesa encontrou em solos argentinos seu terroir.
No Chile, as opções se multiplicam. São vários os vales com solo adequado para a viticultura. Pela proximidade com a capital, o vale Central é o mais acessado, mas também estão lá os vales do Cachapoal, Maule, Leyda, Limarí, Colchagua, entre muitos outros com verões quentes e poucas chuvas (já que são vales, com poucas chuvas as uvas já entram em contato com a quantidade ideal de água para sua maturação, sem excessos).
Claro que existem centenas e centenas de pacotes turísticos. Em geral, o passeio passa por uma vinícola industrial, uma vinícola artesanal (menores, muitas vezes orgânicas) e uma vinícola mais conhecida (às vezes também visitam uma produtora de azeites, o que é mais comum na Argentina).
Porém, o melhor é alugar um carro e fazer o seu próprio trajeto. Dessa forma, dá para conhecer os vinhedos que mais têm a ver com seu gosto. Além disso, o atendimento na própria vinícola é mais pessoal e particular. (não se preocupem, as visitas não custam caro).
Prepare-se com antecedência para não perder tempo e aproveitar melhor a viagem. Pergunte sobre serviços de locação de veículos nos hotéis e albergues e entre em contato com as vinícolas antes (sempre há uma área de visitação nos sites oficiais).
E você, tem outras dicas de atividades nos Andes?
Por Rafa dos Santos
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