Uma conquistadora, essa Riesling…

Por onde passa, atrai olhares, exala seu perfume no ar e deixa os mais exigentes apreciadores de boca aberta.É uma uva que atinge diferentes ápices em vários cantos do mundo com suas versões que vão da mais seca à mais doce. Seus rótulos são frutos dos mais diferentes sabores, um melhor que o outro.A moda não demorou para chegar no Brasil.
Mas com tanta variedade, como distinguir os Rieslings e escolher a melhor opção para cada momento?Quando o assunto é vinho, nenhum guia é capaz de garantir sabores e personalidades, mas com algumas regras e dicas básicas, dá para apostar em um rótulo ou outro com grandes chances de sucesso.

Doce ou seco?

A primeira coisa a decidir é a doçura do Riesling. Uma das coisas mais legais dessa uva é sua versatilidade… Uma das coisas mais chatas é que fica difícil saber, pelo rótulo, se se trata de um vinho seco ou de sobremesa.

Alguns produtores estampam “dry” (seco) ou “sweet” (doce), mas isso não é suficiente perto dos tantos níveis de doçura da Riesling. Ela pode ser “medium dry” (vinho meio seco), “medium sweet” (meio doce) e por aí vai.

Quer um truque? Basta dar uma olhada na graduação alcoólica – quanto menor for, mais doce será. Isso acontece porque durante a fermentação, o açúcar natural da uva vira álcool (se a conversão não acontece, permanece doce e menos alcoólico). Qualquer Riesling com mais de 11% é seco, pois quase todo seu açúcar foi transformado em álcool.

Se você não liga muito pra vinhos doces, prove harmonizar a acidez de um prato elaborado com o caráter único da Riesling e você vai mudar de ideia rapidinho.

Que língua é essa?

A Alemanha é sem dúvidas o lar de alguns dos melhores Rieslings. No país, por lei, em todo rótulo deve constar o tipo do vinho (entre outras exigências). São termos que você vai encontrar em algum lugar da etiqueta.

Vale a pena guardar na memória estas oito palavras-chave: “trocken” significa, literalmente, seco, e todo Riesling seco se enquadra nessa categoria; “feinherb” e “lieblich” equivalem aos nossos demi secs – aromáticos, com uma doçura bem suave; os docemente florais “spaetlese” e “auslese” já entram no time dos vinhos de sobremesa; por fim, há os super doces “beerenauslese”, “trockenbeerenauslese” e “eiswein” (não é exagero repetir que são muito, mas muito doces).

Existem outras palavras que podem vir a calhar na hora de escolher um bom Riesling. “Anbaugebiet” nem sempre aparece no rótulo, mas indica a denominação do vinho (o nome da região vem logo em seguida). Quando a etiqueta apresentar o “AP Number”, quer dizer que foi testada e aprovada pelo governo. “Charta” é uma expressão nova para os vinhos “que pedem comida” (secos e fortes).

Esses são só alguns termos, mas existem muitas outras palavras úteis para os amantes de vinho. Não seria esta uma chance de aprender uma nova língua?

Volta ao mundo

Junto à Alemanha, a Áustria é um dos países que entendem bem a dinâmica dessa cepa branca. O país, que até alguns anos atrás era desconhecido no mundo dos vinhos, tem na Riesling alguns de seus maiores trunfos. Pela exclusividade e exoticidade, são também os exemplares mais caros da uva.

Logo ao lado está a Alsácia, estado francês disputado desde a antiguidade. Sabia que a França proíbe plantar Riesling em qualquer área com mais de 64 quilômetros de distância da Alemanha? Com isso, a Alsácia é a única região do país que produz Riesling, que ganha ali toda a finesse ao estilo francês.

Vindo às Américas, os Estados Unidos tem grande potencial na produção de Riesling. Batizada de Johannesburg Riesling na Califórnia, a uva vem retomando ano após ano seu lugar de direito entre os vinhos brancos, tomado pela Chardonnay após a época da Lei Seca americana.

Os melhores rótulos, porém, ainda nascem no Oregon, conhecidos principalmente por suas potentes frutas cítricas e maduras, às vezes com um toque docinho que proporciona os finais mais felizes do continente.

Do outro lado do mundo, mas não menos importante, está a Austrália. Por muito tempo, o país lançou Rieslings de produção em massa e baixa qualidade, muitas vezes misturados a outras uvas. Na última década, porém, o controle das associações locais aumentou consideravelmente, e os australianos prometem grandes vinhos para as próximas safras.

Questão de idade

Por se tratar de um vinho branco, muitos torcem o nariz ao se deparar com Rieslings de mais de três safras atrás. Mas saiba que não há nada a temer. Graças a sua reserva natural de açúcares e ácidos utilizados na fermentação, os Rieslings são verdadeiros vinhos de guarda. Alguns podem ser abertos podem até evoluir com 10 ou mais anos de descanso.

Extremamente aromática, rica em sabores, a Riesling é a uva preferida da Jô, do Edson, do Aly, de quase todos do Sonoma. Algum autor, em algum momento, escreveu: “Nem todo Riesling é para todos os paladares, mas existe um Riesling para todos eles. Se você não gosta de Riesling, provavelmente não provou o suficiente”.

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