A história do vinho em Côtes du Rhône começa muito antes da história da própria Côte Du Rhône. Primeiro, vieram os gregos: um povo que via o vinho não penas como uma bebida, mas como um contato com os deuses. Foi na Grécia Antiga que surgiram as primeiras mudas de uvas viníferas para a região.
Depois dos gregos, vieram os romanos. Não é preciso dizer que esse povo também era um exímio apreciador de vinho. Mais do que beber, os romanos estimularam a produção para o comércio, já construindo a fama da região e de seu vinho.
E, depois dos romanos, quem viveu em Côtes du Rhône? Para quem se lembra que uma das principais denominações da região é Chateuneuf-du-Pape, tem aí uma dica. Exato, os papas! Depois da cristianização da Europa, Côte du Rhône tornou-se um lugar habitado e freqüentado por papas. E que bebida tem mais a ver com uma missa católica? Exato! Os papas continuaram aumentando a produção de vinho. E foi assim que três culturas muito diferentes entre si encontraram a única coisa em comum em todas elas, e marcaram Côte du Rhône como uma das regiões mais famosas para a vitivinicultura.
Essa histórica e charmosa região está localizada na França, entre as cidades de Avignon e Lyon. Para entender a produção de vinhos em Côte du Rhône, o básico é saber como ela se divide. No norte, o clima é continental, com verões quentes e invernos rigorosos, e a predominância é a produção de vinhos varietais (feitos com apenas uma casta de uva). Já no Sul, o clima é mediterrâneo, com invernos mais amenos e verões bem quentes , e é mais comum a assemblage (misturas de diferentes castas em um só vinho, o chamado “vinho cortado”).
O nome “Côte Du Rhône” significa literalmente “Costa do Rhône”, e é muito bem explicado: a região toda se desenvolve nas encostas do rio Rhône e arredores.
Entre seus vinhos mais conhecidos, temos: os tintos Hermitage, Chateauneuf-du-Pape e Côte-Rotie; o branco Condrieu e o vinho de sobremesa Muscat de Beaumes-de-Venise.
As castas principais de Côte du Rhône são a uva Syrah (o segredo da imponência dos tintos da região), a Grenache e a Mourvèdre, também havendo o famoso corte com as três uvas, chamado de GSM.
Existem diversas denominações em Côte du Rhône, e elas são divididas em denominações genéricas (que podem ser produzidas em todo o território de Côte du Rhône) e as comunais (produzidas em locais específicos, dentro do território). As genéricas são a Côtes du Rhône e a Côtes du Rhône Villages. Já as comunais são divididas em 23 territórios, entre eles Château Grillet, Châteauneuf-du-Pape, Condrieu, Côtes du Ventoux, Vacqueyras, Hermitage, Crémant de Die e muitas outras.
Por Fernanda Braite
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