Ora pois, vamos explicar tudo. O nome Setúbal indica a cidade, localizada a 32 quilômetros de Lisboa, à Denominação de Origem, que abrange toda a região, e à Península, entre os rios Tejo e Sado. E também remete ao Moscatel de Setúbal, famoso vinho fortificado elaborado na região.
Para conhecer a região, programe-se para visitar as cidades de Palmela e Azeitão. A primeira é o marco da Denominação de Origem, criada em 1907, e que estabelece que os rótulos de Moscatel de Setúbal contenham, no mínimo, 85% da variedade Muscat de Alexandria. Já a segunda parada no destino tem uma justificativa excelente: é a sede de duas importantes vinícolas da região, produtoras de excelentes vinhos.
Um dos rótulos famosos de Setúbal já é conhecido no Brasil: o Periquita. Trocadilhos de linguagem à parte, o vinho é bom. Produzido pela José Maria da Fonseca, segunda maior produtora de Portugal. O vinho é feito com a uva Castelão, que ficou conhecida como Periquita porque era cultivada em um vale onde ainda existiam periquitos selvagens – daí o nome do rótulo. A confusão de nomes foi tanta que a União Europeia regularizou tudo: Periquita é rótulo e a uva fica como Castelão mesmo.
Outro vinho que faz sucesso em qualquer adega é o Quinta da Bacalhoa, produzido pela Bacalhôa com a Cabernet Sauvignon. A qualidade do rótulo é tamanha que ele chega a ser comparado aos tintos de Bordeaux. Ou seja, vale a pena!
Todo esse tour já garantiu espaços na sua adega e rolhas para a coleção, mas ainda falta o prato principal da região: o Moscatel de Setúbal. O vinho fortificado tem dois “modelos”, o Moscatel de Setúbal e o Moscatel Roxo, feito da variedade de mesmo nome. Os dois têm aguardente vínica adicionados durante o processo de fabricação, além de características adocicadas e perfumes típicos. E o que esperar de um Moscatel de Setúbal? Além dos aromas, o sabor da bebida é único, colocando-o no mesmo patamar do vinho do Porto e o Madeira.
Por Clarissa Viana
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