Vinhos Estruturados – Já Ouviu Falar ?
E, se havia alguém do seu lado habituado ao mundo da enologia, provavelmente essa pessoa deve ter dito que o vinho era “estruturado”.
Na realidade, os vinhos estruturados são aqueles em que o tanino se sobressai mais, talvez por ser o próprio estilo da bebida, ou por serem vinhos novos.
A substância, obtida da casca e das sementes da uva, com o tempo vai passando por um processo natural de oxidação.
Portanto, quanto mais novo o vinho, mais concentrado será o tanino, e com o tempo, mais aveludado e suave – apesar dos vinhos estruturados serem sempre mais encorpados do que os não tão bem estruturados.
Os mais tânicos são os tintos e alguns rosés produzidos através da maceração, onde o tanino é formado.
Vinhos estruturados são mais pesados, mais encorpados e dão uma certa sensação de adstringência – a mesma coisa que sentimos quando comemos, por exemplo, uma banana verde que “amarra” a língua.
Entre alguns dos vinhos estruturados mais conhecidos, estão os das castas Malbec, Syrah e Cabernet Sauvignon, sendo esta última considerada a rainha das uvas tintas.
Além do tanino, um vinho estruturado deve ter boa presença de álcool e acidez, e ser um vinho que pesa mais na boca. Como os vinhos estruturados ressecam mais as papilas gustativas, geralmente harmonizam bem com comidas mais gordurosas ou “molhadas”.
A combinação com sabores fortes não apaga, mas enaltece as qualidades da bebida e do alimento. Este é o objetivo da harmonização.
Como a degustação não envolve apenas o paladar, mas também o olfato e a visão, despertando memórias e analogias, quanto mais equilibrada a estrutura do vinho, mais próxima de seu objetivo: proporcionar momentos de puro prazer, através de uma arte milenar de transformar uvas em um verdadeiro néctar.
Por Sonoma Brasil
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