Sangiovese, você já ouviu falar?
Só na Toscana, coração da Itália, a variedade já é protagonista de três vinhos de peso: Chianti, Montepulciano e Brunello di Montalcino. Isso sem falar nos Super Toscanos, em que divide os holofotes com a francesa Cabernet Sauvignon, e nos monovarietais e blends diversos. Fora da Toscana, a variedade se destaca em outras duas regiões italianas, a Umbria e Emilia-Romagna, mas marca presença em todas as outras, sem exceção.
E, é claro, uma uva tão presente num país deve ser facilmente encontrada em todas as partes do mundo. É… Não é bem por aí! Essa é mais uma das italianas que dificilmente saem dos territórios de origem.
Até pouco tempo, os Estados Unidos eram o único território fora da Itália a produzir bons rótulos com a Sangiovese. Nas últimas décadas, a uva viajou o mundo e chegou à Argentina, Chile e até Austrália, mas ainda não ganhou tal expressividade, e dificilmente ganhará.
Por que é tão importante?
Toda a Itália é cheia de microclimas, seja pelas variações de altitude, de solo ou temperatura, fazendo com que haja muitas dissidências dentro das próprias denominações. Muito sensível, por onde passa, a Sangiovese sofre pequenas variações e se adapta ao microclima de cada região, se desdobrando em uma série de clones.
A título de exemplo, cada um dos três principais toscanos é feito com um clone da Sangiovese: Chianti Clássico com Sangioveto, Brunello di Montalcino com o clone Brunello e Montepulciano com Prugnolo.
O que esperar?
Tendo em vista tantas variações, fica difícil saber o que guarda uma garrafa de Sangiovese. Mesmo imprevisíveis, têm algumas características comuns.
Terrosos e complexos, mas leves em boca, seu corpo mais se aproxima de um Pinot Noir do que de um Cabernet Sauvignon. Quando jovem, mostra todo o frescor de doces feitos com cereja e outras frutas vermelhas e ganha, com a idade, folhas secas, casca de laranja, chá, café e outros sabores terrosos e herbáceos.
Por Gustavo Jazra
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