De volta aos tempos áureos, ora vividos no século 16, a Hungria retomou sua produção nos anos 1990 e passou a produzir um dos mais excitantes vinhos do atual cenário vinícola europeu. E, apesar dos icônicos Tokaji Aszú praticamente ofuscarem o brilho dos outros vinhos, há muitas outras joias que o país guarda. Muitas que até borbulham!
Mesmo não sendo tão recente assim, a história dos espumantes húngaros começou justamente com o produtor que é conhecido até hoje como o principal do país: József Törley.
Foi numa viagem à Áustria, lá por 1870, que Törley conheceu Theophilus, neto do conhecido produtor Louis Roederer, quem o convidou para conhecer Reims e, dessa maneira, se aventurar no mundo dos Champagnes. Acha mesmo que Törley ousaria recusar o convite?!
Chegando à Hungria, montou sua própria “maison” com base nos ensinamentos recém-adquiridos. Porém, em outra viagem, só que dessa vez em sua terra natal, encontrou em Budafok, região conhecida hoje como Etyek-Buda, cidade próxima à Budapeste, as condições que considerava serem as ideais para espumantes (inclusive, muito próximas às de Champagne!).
E ele não perdeu tempo! Em 1882, adquiriu vinhedos na região e para lá transferiu sua produção.
Esculpidas em calcário, as adegas foram construídas no melhor estilo de Champagne. A construção delas, inclusive, foi supervisionada pelo especialista francês Louis François, um dos maiores nomes da época.
Não é preciso dizer que seus espumantes fizeram sucesso, não é? Na verdade, tornaram-se tão populares e prestigiados que, inclusive, József Törley chegou a receber, em 1896, o título de fornecedor oficial do império e da corte real.
Ainda mais
A boa notícia é que, ao menos hoje, os espumantes da Hungria não se resumem à Törley. Claro que o nome é quase como uma garantia, mas é sempre bom se aventurar por outros produtores e conhecer regiões diferentes!
Praticamente metade da produção húngara se concentra na grande planície, que se estende do sul de Budapeste até a região central. A outra parte, por sua vez, se dispersa por montanhas ao redor do país (incluindo Tokaji, no nordeste!).
Ah, só mais uma coisa: pretende ir à Hungria e, obviamente, vai pedir os espumantes locais? Peça por Pezsgõ, palavra húngara para espumantes!
Por Gustavo Jazra
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