Primitivo, a primeira de muitas

A variedade é conhecida de longa data dos apaixonados por vinhos, e lendas dizem que já era apreciada na Roma Antiga. Que uva é essa? Será que é tinta?

Saiba mais sobre essa casta italiana, que tem duas irmãs gêmeas – uma californiana e uma croata.

Nas idas e vindas dos vinhos pelo mundo – seja por pragas como a filoxera ou pela simples migração de mudas quando da descoberta de novos territórios, diversas castas ganharam nomes diferentes dos que possuíam em outros territórios, algumas se confundiram e por aí vai a bagunça.

Nesse contexto, uma uva ganhou destaque por conta de uma “confusão” provocada por sua irmã gêmea: a Primitivo. Geneticamente idêntica à Zinfandel, que até a década de 1990 era intitulada como autóctone da Califórnia, a Primitivo é originária do sul da Itália, mais precisamente a região de Puglia. Quando descobriram a genética das duas variedades, a Primitivo entrou para a lista “must drink” dos enófilos-antenados. Ok, mas por quê?

A Primitivo produz vinhos encorpados, escuros e que remetem muito a frutas vermelhas. Assim como sua irmã gêmea, Zinfandel. Claro. Mas as semelhanças param por aí, porque além de serem cultivadas em terroirs diferentes, a cultura do vinho também muda, implicando em bebidas distintas.

Passado obscuro

Por anos, a gêmea italiana foi deixada de lado, sendo usada apenas como complemento em outros vinhos nacionais, como o Chianti e o Barbaresco. Antes da descoberta genética, ela era inclusive renegada, considerada “não digna” de um vinho varietal. Mas ainda bem que as coisas mudam, e hoje é possível apreciar a Primitivo como ela é, em vinhos deliciosos e potentes.

“Ah, mas e se eu preferir a Zinfandel?”. Descubra a Primitivo, e na dúvida, aprecie as duas. Saúde!

Por Clarissa Viana

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