Seu berço, a Borgonha
A Borgonha faz alguns dos melhores, mais cobiçados e caros Pinots do mundo. Ela é a estrela da região. É o principal terroir para o cultivo da uva. Dizem até que são os vinhos mais sensuais da casta, e os mais terrosos também.
Para um Pinot, melhor do que trazer Borgonha escrito no rótulo, é estampar Côte de Nuits, principal denominação para a cepa dentro da própria região.
Há evidências do seu cultivo há mais de dois milênios, porém registros oficiais garantem seu cultivo na região desde 1375, quando a Gamay foi proibida por lá.
Champagne, suas bolhas e Pinots
A Pinot Noir é a protagonista, mas tem seu papel garantido nos espumantes mais famosos do mundo, ao lado de Chardonnay e da Pinot Meunier. Com exceção dos Blanc de Blancs, quando só a Chadonnay é usada, é uma das variedades mais reverenciadas e usadas na região francesa.
Pinot Noir no Brasil?!
Há quem duvide do potencial do Brasil para produção de vinhos finos. Bobagem. Além do Rio Grande do Sul ter se firmado no cenário vitinícola do país, inclusive, com grandes Pinots, Santa Catarina tem despontado com potencial no cultivo da difícil variedade.
Aqui, além dos toques terrosos e frutados, os vinhos da cepa ganham um toque da tipicidade nacional, o tão falado aroma de terra molhada. E pensar que a Pinot é também uma das castas mais importante para os espumantes, e que o Brasil tem mostrado cada vez mais que vinhos com borbulhas são o que sabe fazer de melhor.
Para os vinhos tranquilos, procure por Pinots das vinícolas Angheben e Atelier Tormentas; para os espumantes, Cave Geisse e Adolfo Lona.
Mesmo que o contato com a casca seja mínimo, até por isso não se vê Champagnes tintos por aí, elas contribuem com corpo, estrutura, textura e aromas de frutas vermelhas. Se o Champagne for 100% Pinot Noir, o que pode acontecer, então o rótulo trará a informação “Blanc de Noir”.
A Pinot na América
Presente em praticamente todas as vinícolas de Oregon, a Pinot é a mais prestigiada uva por lá. Foi a cepa que colocou o estado norte-americano no mapa de vinhos. Nas melhores safras, dá origem a vinhos terrosos e até macios.
Assim como é em Oregon, alguns dos maiores vinhos californianos são feitos de Pinot Noir. Complexos, terrosos e macios, têm ganhado bastante fama mundo afora, e se superam ano a ano. Além disso, também estão presentes em espumantes, em cortes com Chardonnay, Pinot Meunier e Pinot Blanc. Algumas denominações da Califórnia, porém, são melhores para o desenvolvimento da casta. São elas: Sonoma Coast, Santa Maria Valley, Santa Ynez Valley, Carneros e Anderson Valley.
Chile e o frio das montanhas
Para nossa surpresa, o Chile tem feito Pinots. Foi introduzida recentemente no país, mas se adaptou bem em algumas regiões e está dando resultados surpreendentes. É no Chile que a cepa ganha notas de frutas negras, um toque picante e até folhas secas, isso, claro, além das frutas vermelhas e dos terrosos. Ela está em Casablanca, San Antonio e Bío Bío.
Pinot Noir nas ilhas da Nova Zelândia
É a Pinot Noir a uva tinta mais plantada de toda a Nova Zelândia, e seus vinhos são especialidade no país. Além de ser usada para vinhos tranquilos, também está presente em espumantes. Foi em Malborough, localizada na ponta noroeste da Ilha do Sul, uma das maiores ilhas da Nova Zelândia, que a Pinot melhor se adaptou. Dias ensolarados e noites frias dão origem a Pinots frutados, que atingem uma tonalidade vermelha vibrante e com excelente potencial de guarda.
E aí, qual destes já experimentou?
Conheça a variedade dos melhores vinhos da Sonoma.