Diversidade racial, diversidade de uvas. Conheça a África do Sul do ponto de vista dos vinhos.
A diversidade continental da África tem um excelente representante: a África do Sul. Povoada por diversas tribos desde a pré-história, foi colonizada pelas nações européias entre os séculos XVI e XIX, contabilizando hoje as maiores comunidades europeias, indianas e racialmente mistas da África.
São considerados oficiais onze idiomas do país, sendo o inglês apenas a quinta língua falada no ambiente doméstico. A questão racial sempre permeou a história da África do Sul, influenciando até mesmo na produção vinícola – interrompida durante o apartheid, por exemplo.
Do Novo Mundo vinícola, a África do Sul é o pais que mais se assemelha à Europa quanto ao estilo do vinho. As regiões vinícolas estão, em sua maioria, localizadas no sul do país, incluindo a capital, Cidade do Cabo, e suas imediações.
A produção sul-africana é sofisticada, com tanques de aço e barris de carvalho americano e francês para o amadurecimento dos vinhos, mas pequenas vinícolas – produzindo pouca quantidade – elaboram excelentes jóias de maneira artesanal. As regras de produção começaram a ser estabelecidas em 1973 e foram modificadas em 1993: para receber o título de “varietal”, um vinho deve conter um mínimo de 75% da uva – essa porcentagem sobe para 85% em caso de produtos de exportação.
O cultivo da uva na África do Sul data de 1659, mas os conflitos políticos e raciais pelo qual o país passou retardaram o desenvolvimento vinícola, além de problemas no século XIX com a praga da filoxera. Em 1978, é fundada a KWV (Koöperatiwe Wijnbouwers Wreniging), uma cooperativa estatal para defender os cultivadores de uva.
A região de Constantia, a leste da Cidade do Cabo, produz um vindo doce pelo qual é famosa, que originou-se na fazenda de Simon van der Stel. As variedades cultivadas em Paarl – cabernet sauvignon, pinotage, chardonnay, sauvignon blanc e chenin blanc – produzem os melhores exemplares exportados pela África do Sul.
A área de Roberston produz vinhos de prestígio das uvas chardonnay e shiraz, além de um fortificado pelo qual é famosa. Em Stellenbosch fabrica-se um famoso vinho de corte bordalês, geralmente combinando uvas cabernet sauvignon, cabernet franc e merlot.
Por Sonoma Brasil
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