É hora dos vinhos portugueses
A produção de vinhos em Portugal data de muito tempo, e tem nomes célebres na lista de rótulos. Conheça os produtores mais tops.
Os vinhos portugueses de volta aos holofotes com novos produtores! Vem ver…
A produção de vinhos em Portugal data de muito tempo, e tem nomes célebres na lista de rótulos. Entre Portos e Madeiras, a história vinícola portuguesa remonta a época da dominação romana, e a tradição nacional é tamanha que a Cidade do Porto é considerada a primeira Denominação de Origem do Mundo. Parte da personalidade dos vinhos da “terrinha” é conseqüência, entre outros fatores, da enorme variedade de uvas nativas, cujas características não dão muito espaço para as variedades estrangeiras. A democracia da viticultura também é visível no tamanho das vinícolas – são muitas com poucos hectares, além das tradicionalmente grandes.
Há alguns anos, o movimento de alguns jovens produtores portugueses trouxe novas tecnologias para o processo de elaboração dos vinhos, ressaltando suas características ao mesmo tempo em que foram mantidas as tradições seculares. Desse movimento participam, entre outros produtores, os chamados “Douro Boys”, um grupo de cinco empresários do vinho que aprimoraram técnicas e adicionaram tecnologia às suas quintas, conquistando excelentes pontuações em diversos rankings internacionais. Mas o Douro não é a única região que foi “colocada” no panorama mundial de vinhos.
Do Alentejo, no sul de Portugal, o produtor Tiago Cabaço é a quinta geração da família a produzir vinhos, mas incorporou seu toque pessoal à tradição dos pais, e lançou três linhas de vinhos com nome e personalidade bem modernas. As uvas são variedades tradicionais e nativas de Portugal, como trincadeira e aragonês, a prensa das uvas ainda é feita por pessoas, e o mínimo de maquinário possível é utilizado ao longo do processo.
Apaixonado pela região do Alentejo, onde nasceu e criou raízes, Tiago aproveitou o microclima de Estremoz, cidade em que vive, para cultivar suas uvas. “Alguns dos melhores vinhos do Alentejo são feitos aqui, temos uma situação muito propícia para a produção vinícola, e isso tem refletido até no preço do hectar, que tem aumentado muito”.
“O trabalho feito nas adegas representa no máximo 15% do que está na garrafa do vinho, a maior parte é no campo, e isso aprendi com meus pais e me esforço para manter”, reforça Tiago, que já recebeu premiações por seus rótulos, como o ‘.Com’ e ‘.Beb’, muito diferentes do rótulo feito há anos pela família, o Monte dos Cabaços, mas com os mesmos elementos. “Acredito que o processo de fazer vinho seja parecido com o modo de preparo de qualquer receita: os mesmos ingredientes podem resultar em sabores diferentes, tudo depende do estilo do chef, ou do produtor de vinhos, no nosso caso”.
Por Sonoma Brasil