Johannisberg: Raridade Européia
E, em comparação à sua concorrente Chasselas, ela é mais tardia e se distingue pelo seu broto verde-amarelado e folha redonda, além de possuir cachos médios, compactos e uvas redondas, verdes e levemente salpicadas de castanho.
Na maioria das vezes, a Johannisberg se expressa bem em vinhos jovens, não que isso seja regra ou empecilho para vinhos de guarda, pelo contrário, as melhores safras podem ser armazenadas por anos e até mais de uma década. E porque não décadas? O importador José Augusto Saraiva, da empresa Vinitude, no Rio de Janeiro, contou que foi surpreendido com um rótulo Johannisberg da safra 1977. “Foi um presente e resolvi esperar a ocasião adequada, mesmo não sabendo ao certo o seu estado.
Em um jantar com amigos que conhecem e estudam muito sobre o mundo de vinhos, não hesitei, já que se a bebida estivesse ruim, certamente, eles iriam entender. Ficamos surpresos, pois o vinho estava ótimo e absolutamente íntegro na cor dourada e nos aromas de frutas maduras, como manga, lichia e abacaxi. Alguma especiaria e mel também ajudaram a compor a bebida. Para completar, uma inesperada acidez. Incrível, né?”, comenta.
Infelizmente, os vinhos produzidos a partir dessa variedade são mais difíceis de serem encontrados. Poucos deles podem ser adquiridos no país, ainda mais se o rótulo for suíço. Alguns países, no entanto, têm o privilegio de oferecer a legítima bebida suíça, entre eles a Bélgica, Holanda, Alemanha, Estados Unidos e China. Para os amantes brasileiros de vinhos brancos, o jeito é esperar (e torcer) para que, em futuro próximo, os vinhos Johannisberg se tornem mais acessíveis por aqui.
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Por Sonoma Brasil