Nestas planícies são tradicionais a cultura do arroz e da pecuária, que se iniciou com a colonização do Brasil. É lá na Campanha que se encontra o maior rebanho ovino do país, de onde vem uma carne de cordeiro de alta qualidade, ideal para combinar com os bons vinhos tintos que vem sendo produzidos na região.
Os vinhos da Campanha se tornaram conhecidos por sua origem mais recentemente, mas a produção se intensificou por lá na década de 70, quando estudos feitos pela Universidade Davis da Califórnia identificaram o grande potencial desta área para o cultivo de uvas e produção de vinhos finos. Uma das pioneiras a se instalar nesta região foi a vinícola Almaden. Hoje já são 16 as vinícolas que integram a Associação dos Vinhos da Campanha Gaúcha, espalhadas pelos municípios de Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Itaqui, Rosário do Sul e Santana do Livramento, abrangendo uma área de 1,3 mil hectares. A Associação apoia os produtores com assessoria, organização e divulgação deste importante centro produtor de vinhos finos do Brasil, que hoje já responde por 15% da produção de uvas viníferas do país.
Solos basálticos e arenosos com boa drenagem, e clima temperado com verões quentes e secos, e alta luminosidade favorecem o pleno amadurecimento das uvas e um alto grau de sanidade, condições que elevaram a Campanha Gaúcha a posição de uma das mais promissoras para a produção de vinhos de qualidade do Brasil.
Quatro décadas de produção ainda não revelaram as variedades ou os vinhos emblemáticos desta região, mas já começaram a mostrar algumas de suas boas facetas: Tannat, Cabernet Sauvignon, algumas castas portuguesas, vinhos brancos e alguns espumantes de qualidade surpreendente.
Surpreendente é mesmo este nosso Brasil, ainda jovem e com tantos bons vinhos a nos revelar e encantar.
Por Sonia Denicol
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