É incrustada no meio da Espanha, na província de Valladolid, que encontramos Rueda, ao sul de Ribeira Del Duero. Rueda possui vinhedos em platôs, a até 800 metros de altitude. A mudança climática nas estações é acentuada, com invernos rigorosos seguidos de verões ensolarados e secos, somados à altitude. Essa mudança de temperatura favorece a maturação das uvas brancas, que ocorre lentamente. A secura obriga as raízes da videira a buscar água nas profundidades da terra, passando por várias camadas de solo.
A Verdejo, na verdade, não é nativa da Espanha. A uva foi levada pelos mouros, do norte da África. Até os anos 80, produzia-se vinhos generosos com a casta, no estilo dos vinhos da Andaluzia. A primeira vinícola a produzir vinhos com Verdejo sem serem fortificados nem generosos foi a Bodega Marques Riscal. A partir disso, os vinhos de Verdejo saíram do estilo generoso e ganharam notoriedade com seus sabores suaves.
A casta branca que se desenvolve perfeitamente em solos de cascalho, com diferenças climáticas e grandes altitudes. Não à toa, Rueda tornou-se o lar perfeito para a casta. O calor dos dias favorecem a maturação e a doçura das uvas, enquanto o frio da noite desenvolve uma boa acidez.
Isso faz com que seus vinhos tenham um sabor delicioso, sendo também refrescante, com corpo médio e aromas herbáceos como os ventos de Rueda.
São perfeitos acompanhamentos para frutos do mar, como o camarão, cujo gosto adocicado combina-se perfeitamente à acidez da Verdejo. Outras opções são peixes não muito gordurosos, frango ou até carne de porco, desde que não sejam muito condimentadas.
Apesar da Verdejo roubar a cena de Rueda, merecem destaque as castas Tempranillo e Garnacha, que também originam vinhos de muita qualidade, conhecidos por serem bem aromáticos.
Por Fernanda Braite
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