A que tudo indica, a Alsácia é o paraíso para quem ama vinho branco! Descubra!
A região, que foi devolvida à França ao término da disputa, por determinação do Tratado de Versalhes, depois ocupada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e resgatada pelos franceses logo em seguida (ufa!), é disputada desde a antiguidade.
Sua história, profundamente ligada às influências germânicas e romanas, é constituída por homens que já na idade média consumiam grandes quantidades de uma bebida referida como “estimulante tônico que te deixa feliz”.
Alguma pista?
Isso mesmo, tão antiga quanto as sangrentas guerras da Alsácia é a sua tradição vitivinícola.
Reino branco
De seus leves e refrescantes vinhos, 92% das variedades produzidas na Alsácia são brancas. O clima frio e os dias ensolarados da região são ideais para o amadurecimento das uvas e são eles que consagram a Alsácia como o “império” das uvas brancas.
A região, uma das mais inusitadas do país, foi reconhecida como denominação de origem em 1962, mas apenas 11 de suas microrregiões podem levar o nome.
Entre as maiores exigências locais está o nível de maturidade das frutas, que devem garantir um vinho branco com um corpo tão estruturado quanto um tinto.
Esse processo também desenvolve toques frutados. Quando bem feitos, costumam ser os melhores vinhos brancos suculentos e aromáticos.
Frutas com corpo
Um bom exemplo é a Pinot Blanc da região, conhecidas antigamente como “Chardonnay do pobre” por serem mais delicadas do que as primas Pinot Gris e Pinot Noir.
Hoje, são da Alsácia que saem os melhores Pinot Blancs do mundo, com toques suaves de pêssegos, peras e flores, além de serem muito minerais.
Mais doces, os vinhos produzidos com a uva Pinot Gris e Moscatel (de sobremesa) geralmente têm potencial de guarda que varia entre cinco e oito anos, período no qual adquire uma riqueza defumada e condimentada.
Vale lembrar que é uma das poucas com vinhos secos de Moscatel, muito complexos e com a acidez perfeita para o verão.
As uvas mais elegantes da Alsácia, porém, são a Riesling e a Gewüztraminer, com vinhos de guarda, encorpados, frutados na dose certa, super refrescantes e persistentes.
Na hora de comer…
E para que mesa levar tudo isso? É com a comida apimentada asiática que os vinhos alsacianos melhor combinam.
Mas, se não quiser sair da região e finesse francesa, também vão muito bem com um queijo local chamado Munster – macio como um brie, potente como os manchegos.