O Velho e o Novo Mundo dos vinhos
O vinho embute uma história e é ela, muitas vezes, a responsável pela compra de um rótulo e pelo interesse do apreciador.

O verdadeiro amante da bebida faz questão de se aprofundar nas curiosidades e conhecimentos em torno do vinho. Se você se encaixa nesse perfil, vale a pena conferir algumas questões que caracterizam o Velho e o Novo Mundo, sob a visão de um dos profissionais que mais entende da bebida no país.

Sem dúvida, os antigos e os novos amantes da bebida já ouviram falar sobre as diferenças e as características desses dois mundos. Os vinhos do Novo Mundo são originários, principalmente, da Austrália, Estados Unidos, Argentina, Chile, África do Sul e Brasil, e adotam um conceito de “vinhos fáceis” de serem bebidos, por serem descontraídos, corretos e sem muita guarda e barricas. Em seus rótulos são indicados os tipos de uvas, diferente do Velho Mundo – que são são os principais países da Europa, como Portugal, Itália, Espanha e França -, onde são destacados na garrafa apenas a região. “Pela legislação europeia não se pode colocar o nome da uva no rótulo. O motivo, sem dúvida, fica por conta da tradição e cultura desses países”, comenta Eugenio Echeverria, diretor excetivo da The Wine School – considerada a maior escola de vinhos do mundo e presente no Brasil, Chile e Colômbia. O que mais importa para eles, de fato, é o terroir onde as uvas foram cultivadas, ou seja, o conjunto de características e efeitos de um vinhedo, como solo e clima. Sendo assim, os rótulos do Velho Mundo, geralmente, serão identificados a partir da região onde foram produzidos, e não citando a variedade da uva, como é o caso dos países do Novo Mundo.

Geralmente, os produtores do Novo Mundo adotam técnicas que visam o consumo imediato da bebida e, muitas vezes, não seguem normas. Enquanto, os do Velho Mundo são sujeitos às normas e considerados o “coração da viticultura”, já que sua história começou há milhares de anos antes de Cristo.

Os líderes do Velho Mundo ainda são a Itália, França e Espanha – nesta respectiva ordem – sendo que os dois primeiros produzem mais da metade dos vinhos do mundo. “No entanto, os vinhos do Novo Mundo possuem algumas vantagens em relação aos do Velho Mundo, uma vez que seu clima mais seco contribui para a elaboração de bons exemplares”, fala.

Segundo Eugenio, não tem como eleger o melhor país na produção da bebida, já que cada um possui bons produtores e características próprias, mas a Espanha tem chamado mais sua atenção devido as regiões que foram redescobertas, estas, têm produzido excelentes vinhos. Imparcial quando questionado qual rótulo considera o melhor de todos os tempos, Echeverria não conseguiu fugir da última pergunta quando o assunto foi o vinho que escolheria se o mundo acabasse hoje. “Sem dúvida, um Pinot Noir da Borgonha”.

De fato, são muitas as diferenças entre os vinhos do Velho e do Novo Mundo, que começam na forma de cultivo das uvas, continuam na produção e no terroir, e terminam no resultado distinto dos rótulos. Porém, caminhando a passos largos para ascensão, através de estudo aliado à alta tecnologia, os vinhos do Novo Mundo logo poderão competir com os países tradicionais. Em um futuro próximo, quem sabe, essa divisão poderá se tornar tênue. “O mais incrível do vinho é isso, a diversidade”. Sejam eles do Novo ou Velho Mundo, o que realmente buscamos são vinhos bons e de alta qualidade, que possam nos remeter à momentos únicos e inesquecíveis. Brindemos!

Por Sonoma Brasil

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