A diversidade do clima refletida na variedade dos vinhos.
A Nova Zelândia possui climas e paisagens peculiares: enquanto a Ilha do Norte tem geografia acidentada e registros das Eras Glaciais que ocorreram no planeta, a Ilha do Sul é um grande planalto formado pela atividade vulcânica. Os maoris foram os primeiros habitantes do arquipélago – duas ilhas maiores e algumas secundárias –, mas hoje são minoria populacional. Mesmo assim, os neozelandeses se orgulham dessa origem, fato percebido quando da prática do rugby, por exemplo, que buscou danças maoris para inspirar e unir o time nacional.
O clima neozelandês, de alta incidência do sol e a variação da temperatura ao longo do dia, proporciona um lento período de amadurecimento das uvas – fator que acentua os sabores das variedades de uvas brancas. A ilha do Norte tem climas mais quentes e regiões com bom índice de chuvas, enquanto a ilha sul tem verões mais secos e temperaturas mais frias.
A Ilha do Norte produz bons vinhos tintos, feitos de uvas cabernet sauvignon, merlot, shiraz e pinot noir em vinhedos localizados em áreas mais elevadas. Na ilha Sul, é possível apreciar um vinho de chardonnay, uva que cresce na maior parte das regiões vinícolas da ilha. Os vinhedos de Malborough, no extremo norte da ilha, produz vinhos de sauvignon blanc considerados por muitos especialistas como os melhores do mundo. A ilha Waiheke, parte do território nacional, tem baixa concentração de vinhedos, não tendo grande expressão nas estatísticas de vinho, mas produziu na década de 1980 vinhos tintos de cabernet sauvignon, cabernet franc e merlot de qualidade, sendo na ocasião a bebida “da moda”.
Toda a produção neozelandesa usufrui de técnicas e processos muito modernos, muito do qual foi aprendido com os profissionais australianos. Assim como na Europa, boa parte das vinhas foram devastadas pela praga da filoxera (fungo que ataca a parreira), e foram replantadas durante a Segunda Guerra Mundial, quando os neozelandeses se viram dependentes economicamente de seus próprios recursos. Hoje, há quem diga que o aumento da produção interna foi benéfica para o mundo, que teve a oportunidade de conhecer vinhos excepcionais!
Por Sonoma Brasil
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