Proveniente da região de Graves, perto de Bordeaux, na França, os Sauternes têm características especiais que os diferenciam de outros vinhos doces. Feitos de uvas Sémillon, Muscadelle e Sauvignon Blanc, um dos principais diferenciais dos Sauternes envolve o que é chamado de “podridão nobre”. Isso mesmo! Os Sauternes só existem e têm seu famoso e delicioso sabor adocicado graças a um fungo chamado Botrytis cinerea que cresce e apodrece nestas uvas da região. Este fungo penetra a uva e suga o seu suco, deixando-a com um leve sabor de uva passa. Este milagre da viticultura ocorre naturalmente em poucas regiões do mundo, e essa é uma delas.
Sauternes fica próxima aos rios Garonne e Ciron. A temperatura da nascente do rio Ciron é mais baixa que a temperatura do rio Garonne.
No Outono francês, com o clima quente e seco, as diferentes temperaturas dos rios se juntam e produzem uma névoa que invade os vinhedos à noite. É esta névoa que ajuda a criar o tal fungo, que depois faz sua parte para tornar o sabor da uva numa experiência inigualável.
O processo que cria os Sauternes pode até não ser muito atrativo, mas o resultado final é uma maravilha.
Existem algumas histórias folclóricas que contam como os Sauternes começaram a se fazer presente na sociedade francesa. A primeira diz que em 1836, um produtor de vinho de Bordeaux de descendência alemã deixou esperar o fim do outono chuvoso para colher suas uvas. Com a volta do sol durante o quente verão francês, viu que as uvas haviam secado e apodrecido, deixando um sabor que ele nunca antes havia provado.
A segunda história conta como em 1847 o Marquês de Lur-Saluces teve que retardar sua volta de uma viagem à Russia. Tendo deixado ordens específicas que proibiam a colheita de uvas sem a sua presença, quando finalmente voltou, a “podridão nobre” havia naturalmente ocorrido. O vinho que resultou desta colheita ficou muito famoso na França, e assim começou a tradição.
Independentemente da história que você quiser acreditar, pode confiar que os Sauternes são verdadeiros tesouros.
Já bebeu um gole deste tesouro líquido? Se sim, sabe que é bom, né? Se não, por que não fazê-lo agora?
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