O chocolate é, comprovadamente, uma poção do prazer: possui propriedades calmantes e estimula a produção de endorfina, o hormônio responsável pela elevação da autoestima e do bem-estar. Quer mais? Ele também aumenta a serotonina, substância que nos faz ficar felizes.
E, para completar, o chocolate possui feniletilamina, o mesmo hormônio que produzimos quando estamos apaixonados. Pois é, nós literalmente nos apaixonamos por ele. Como diz a célebre frase de Al Pacino, no filme “Advogado do Diabo”: “E o amor? Superestimado. Bioquimicamente, é o mesmo que comer grandes quantidades de chocolate”.
A felicidade em forma de doce vem do cacau, através de uma massa feita industrialmente a partir das sementes da fruta. Acredita-se que os primeiros chocólatras da história tenham sido os astecas, que faziam uma bebida afrodisíaca com os grãos do cacau, que chamavam de xocoaatl.
Ela costumava ser tomada com vinho e pimenta, e só poderia ser apreciada por imperadores, tamanha era a sua importância. Os colonizadores espanhóis entraram em contato com a famosa bebida, e levaram a novidade para a Europa em 1528, onde o cacau recebeu açúcar.
Em 1700, ao chegar na França e na Inglaterra, o leite foi adicionado à fórmula, e em 1765 os Estados Unidos começaram a fabricação do chocolate em barra.
Hoje em dia, temos diversos tipos de chocolate. Os mais básicos são:
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Chocolate amargo:
Ele tem a maior concentração de massa de cacau (acima de 70%) e a menor quantidade de açúcar, além de não ser misturado com leite. Sua cor é bem escura e, como o nome já diz, seu sabor é amargo. É o tipo de chocolate que mais oferece os benefícios do cacau, e pesquisas descobriram que seu consumo pode até ajudar a emagrecer.
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Chocolate meio amargo:
O chocolate meio amargo possui uma concentração de cacau menor que a do chocolate amargo (em torno de 50%), por isso seu gosto é mais suave, apesar de ainda ter um leve amargor. Também tem pouco açúcar e não leva leite.
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Chocolate ao leite:
A massa de cacau é misturada com leite em pó e a concentração de cacau abaixa para 30% ou 40%, enquanto a quantidade de açúcar aumenta. Essa mistura com o leite tira o sabor amargo do chocolate, conferindo um gosto mais adocicado e uma textura mais cremosa.
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Chocolate branco:
Esse chocolate não leva massa de cacau na sua confecção, e sim um outro produto extraído da semente – a manteiga de cacau. Ele também recebe açúcar e leite, sendo o mais doce e cremoso dos chocolate.
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Chocolate em pó:
É a semente de cacau moída, geralmente usado para a confecção de bolos e doces. Também possui várias concentrações diferentes.
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Achocolatado:
Ao contrário do que muita gente pensa, achocolatado não é chocolate em pó! Ele é uma mistura de chocolate em pó, leite e muito açúcar, usado apenas para dar sabor ao leite.
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Chocolate para cobertura:
Pode ter várias concentrações de cacau, mas possui sempre alta concentração de manteiga de cacau, tendo mais brilho e derretendo com facilidade. É mais usado para a cobertura de bolos e doces.
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Chocolate diet:
É um chocolate comum, com massa de cacau, manteiga de cacau e leite. Sua novidade é que o açúcar é substituído por sorbitol, sacarina e vanilina. Muitas pessoas pensam que, por não ter açúcar, o chocolate diet contém menos calorias que os outros.
Errado! O chocolate diet é altamente calórico. Sua única vantagem é que pessoas diabéticas podem comê-lo sem se preocuparem.
A partir desses chocolates, muitas misturas e inovações foram feitas, como por exemplo o chocolate aerado, onde o chocolate recebe gás carbônico e solidifica cheio de bolhas, dando um aspecto macio à barra; ou a gianduia, uma massa de chocolate misturada com pasta de avelãs, que resulta em bombons saborosos ou em coberturas cremosas que não endurecem em contato com sorvetes ou sobremesas frias.
O mundo do chocolate possui inúmeras tentações. Por isso, que tal você mesmo combinar tipos de chocolates com comidas e bebidas a seu gosto? Se você quer colocar o chocolate num jantar especial, não fique com medo de escolher a bebida. Os astecas já misturavam vinho com chocolate há sete séculos, por isso a combinação não é nada estranha.
O segredo é acompanhar os chocolates ao leite e mais doces com vinhos mais suaves (como um Porto ou um Banyuls), e os chocolates amargos com vinhos mais secos e tânicos (como um Cabernet Sauvignon ou Bordeaux).
Por quê?
Simples: um chocolate doce com um vinho seco vai acentuar demais a secura do vinho, e você vai acabar fazendo uma bela careta ao tomar a bebida. Assim como um chocolate amargo pode fazer um vinho adocicado parecer doce demais.
Seguindo essa pequena dica, o horizonte é o limite. Mas aprecie com moderação.
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