Fala-se mal da gastronomia inglesa hoje em dia (alguns dizem que nem existe a tal “cozinha inglesa”). Mas é das mesas da Inglaterra que vêm muitos costumes adorados pelo mundo – entre eles o peixe frito, o chá das cinco e o brunch.
Quem nunca dormiu um pouco a mais do que o normal no fim de semana? Nesses dias, ninguém quer deixar de aproveitar um bom café da manhã, apesar de o almoço estar logo aí. Eis o melhor momento para um brunch, uma primeira refeição do dia mais reforçada que o café da manhã e menos elaborada que o almoço, mas cheia de variedades.
Apesar de nascer no Reino unido, o brunch ganhou mais popularidade em Nova York e Paris, talvez por duas grandes características suas: a fartura (típica dos americanos) e a elegância (tudo a ver com a “finesse francesa”). Recentemente, principalmente por causa da grande leva de turistas, Buenos Aires também aderiu à moda (na capital argentina, o diferencial são as “media lunas”, espécie de croissant menor e mais fofinha).
Por trás dos bastidores
Pães, tortas, queijos, frutas, cereais, saladas, ovos (e suas receitas derivadas), cream cheese e embutidos como a linguiça são os personagens mais presentes. Alguns pratos típicos são os franceses croque monsieur e croque madame (espécie de sanduíche com presunto, creme e muito queijo gratinado), os bagels norte-americanos, filés de salmão defumado, entre outros.
De sobremesa, bolos, donnuts e muffins. Para beber, café, chá, sucos e, por que não, cervejas e vinhos.
O brunch, como já mencionei, é um momento mais delicado e, como tal, exige vinhos delicados. Brancos, rosés e, principalmente, espumantes são a pedida certa – sempre leves, de acidez suave e pouco encorpados.
Além disso, por ser mais comum aos fins de semana, o brunch aceita uma grande variedade de drinks e coqueteis alcoólicos (alcoólicos, mas leves, geralmente à base de frutas e legumes). Os mais famosos são o Bloody Mary, batidas tropicais, o Kir e o Kir Royal.
Além do “almojanta”
Só por curiosidade, o termo “brunch” vem de uma gíria adolescente. Trata-se da junção de breakfast (café da manhã, em inglês) e lunch (almoço). A melhor hora para servi-lo, então, é entre esses dois horários tradicionais – por volta das 11h é o ideal. Mesmo assim, o sono é quem fala mais alto. Se a noite anterior foi agitada, não há problema algum em adiar o brunch por algumas (ou muitas) horinhas. Afinal, depois de uma balada, nada mais normal que comer lá para as 16h, não é mesmo?
Por Rafa dos Santos
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